PARA ANA CRISTINA CESAR , UMA POETISA SEM ROUPAGENS
Cada espaço que bifurco neste mundo de tantos ais
São escolhas precisas, que alimentam vendavais
E de ti, mulher, sei de tua nudez capacitada
De grande alcance e iluminada
Era feito um quadro do anjo da Guarda, pregado torto
E na parede de meu quarto, era também um ser afoito
Ana, tua linda letargia de porosidade gramatical
São como um filho A Teus Pés, um ser anjelical
Onde nua, tu, ana, andas ao redor de livros?
Universos que se abriam pelos teu crivos.
Uma foto é apenas um registro da tua nudez
E jamais essa imagem se repetirá, talvez
Seja esse o jogo de sombras da existência
Poetas que atravessam a vida em resistência
Uma poetisa nua despe o mundo de fatalidades
A poesia que fica na pele confirma a genial finalidade.
Jorge Bandeira, Manaus, escrito em 12 de dezembro de 2010. (Série Cavaleiro Solitário e a nudez de poetas)
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